quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Thomas Young

Thomas Young (Milverton, 13 de junho de 1773 — Londres, 10 de maio de 1829) foi um físico, médico e egiptólogo britânico. 

Young foi um pesquisador extremamente eclético nas suas actividades. De facto, foi educado de acordo com uma seita religiosa que recusava toda a espécie de hierarquia, advogando que "cada homem pode fazer o que outro pode". Médico de formação estudou a audição e o problema da propagação de ondas e vibrações. No campo da decifração de alfabetos, procurou decifrar a pedra de Roseta, fornecendo uma primeira interpretação dos hieróglifos egípcios. 

Leu o Opticks de Newton e rejeitou sua teoria dos acessos para explicar os anéis de interferência. Raciocinou a respeito da luz em analogia com as vibrações sonoras. Para explicar a interferência, imaginou que a luz poderia ser sempre reflectida, mas que certas ondas podem se aniquilar, produzindo as cores que vemos. Comparou tal aniquilação com o então já conhecido fenómeno dos batimentos sonoros. Retomou as experiências de Newton sobre anéis de interferência, dando outra explicação para as franjas escuras no caso da luz monocromática: 

"A escuridão pode ser formada acrescentando-se luz à luz ..." 

Notando que, se utilizasse água como meio intermediário, em vez do ar, bastava uma espessura menor para obter o mesmo retardo. No que diz respeito à interferência, concluiu que na água a velocidade da luz deve ser menor - a mesma conclusão de Huyghens -, ou seja, v1/v2 = n1/n2 . 

Conhecido pela experiência da dupla fenda, que possibilitou a determinação do carácter ondulatório da luz. A experiência da dupla fenda consiste em deixar que a luz visível se difracte através de duas fendas, produzindo bandas num écran. As bandas formadas, ou padrões de interferência, mostram regiões claras e escuras que correspondem aos locais onde as ondas luminosas interferiram entre si construtivamente e destrutivamente.

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