segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vincent Willem van Gogh

Nasceu a 30 de Março de 1853 e morreu a 29 de Julho de 1890. Pintor pós-impressionista, teve uma vida marcada por sucessivos fracassos, tendo vendido apenas um quadro durante a sua vida. Conhecer a sua vida é compreender a sua obra, que passam de imagens sombrias e escuras para cores vivas e claras depois de se dedicar ao estudo da cor e de ser influenciado pela arte japonesa, onde predominavam as cores fortes.
Sofrendo de depressões constantes que o impedem de pintar, atravessa períodos de semanas de intensa actividade criativa (chega a pintar, em média, um quadro por dia), até que no dia 27 de Julho de 1890 se suicida com um tiro contra o peito. Morreu dois dias depois, nos braços do seu irmão Theo, dirigindo-lhe as últimas palavras: "La tristesse durera toujours" (“A tristeza durará para sempre").
Na ocasião, o diagnóstico de Van Gogh mencionava perturbações epilépticas, ainda que o director do hospital, não fosse especialista em psiquiatria. As crises ocorriam de tempos em tempos, precedidas por sonolência e em seguida apatia. Tinham a média de duração de duas a quatro semanas e predominavam a violência e as alucinações. A doença de Van Gogh foi analisada durante os anos posteriores e existem várias teses sobre o diagnóstico. Alguns como o Dr. Dietrich Blumer, num artigo publicado no American Journal of Psychiatry, mantêm o diagnóstico de epilepsia do lobo temporal, agravada pelo uso do absinto.
Segundo alguns, Vincent teria sofrido de xantopsia (visão dos objectos em amarelo), por isso exagerava no amarelo nas suas telas. Esta xantopsia pode ou não ter surgido pelo excesso de ingestão de absinto, que contém tujona, uma toxina. Outra teoria seria a de que Dr. Gachet teria indicado o uso de digitalis para o tratamento de epilepsia, o que poderia ter ocasionado visão amarelada a Van Gogh. Outros documentos relatam ainda que na verdade Van Gogh seria daltónico.
Há ainda diagnósticos de esquizofrenia e de transtorno bipolar do humor, sendo este último o diagnóstico mais aceite.
Consta que na família de Van Gogh existiram outros casos de transtorno mental: Théo sofreu de depressão e ansiedade e faleceu de "demência paralítica" (neurossífilis), no Instituto Médico para Doentes Mentais em Utrecht. Wilhelmina era esquizofrénica e viveu durante 40 anos neste mesmo instituto e Cornelius cometeu suicídio aos 33 anos de idade.
"Após a experiência dos ataques repetidos, convém-me a humildade. Assim pois: paciência. Sofrer sem se queixar é a única lição que se deve aprender nesta vida." Vincent Van Gogh

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